sábado, 9 de julho de 2016

"NÃO JULGUEIS PARA NÃO SERDES JULGADOS" - pediu Jesus

"NÃO JULGUEIS PARA NÃO SERDES JULGADOS" - pediu Jesus

Eram dois vizinhos.
O primeiro comprou um coelho para os filhos. Logo, os filhos do outro vizinho pediram ao pai um bichinho de estimação. O homem comprou um cachorro.
Os bichos cresceram juntos e tornaram-se amigos. Era comum ver o coelho no quintal do cachorro e vice-versa. E as crianças, felizes com a harmonia entre os dois.
Eis que o dono do coelho foi passar um final de semana na praia com a família e o coelho ficou sozinho.
No Domingo, o dono do cachorro e a família tomavam um lanche, quando entra o cachorro na cozinha. Trazia o coelho entre os dentes, todo imundo, sujo de sangue e terra, morto!
Quase mataram o cachorro de tanto agredi-lo.
Mais algumas horas e os vizinhos não tardariam a chegar. Todos olhavam o coelho, desolados . . . O cachorro, coitado, chorando lá fora, lambia os ferimentos.
- Já pensaram como vão ficar os filhos do vizinho?
Então, alguém teve a idéia de dar um banho no coelho, deixar ele bem limpinho, secar com um secador e o colocar na casinha dele.
Como o coelho não estava estraçalhado, assim o fizeram.
- Ficou lindo, parece vivo - diziam as crianças.
E lá foi colocado.
Logo depois, ouvem os vizinhos chegarem. Notam os gritos das crianças.
- Descobriram . . . - disse o pai.
Não se passaram cinco minutos e o dono do coelho veio bater à porta. Branco, assustado. Parecia que tinha visto um fantasma.
- O que foi? Que cara é essa?
- O coelho . . . o coelho . . .
- O coelho, o que? O que tem o coelho?
- Morreu!
- Morreu? Parecia tão bem!
- Morreu na sexta-feira!
- Na SEXTA?
- Foi. Antes da gente viajar, as crianças o enterraram no fundo do quintal, mas agora apareceu na casinha . . .

Pobre cão, na ânsia de salvar seu amigo foi injustamente julgado e condenado . . . como ocorre com muita gente bem intencionada, porém mal interpretada!

"Não julgueis para não serdes julgados." - Jesus
Selai vossos lábios antes de proferirdes a palavra de acusação, pois não sabeis o que a vida vos reserva na continuidade dos dias que ainda tendes para viver.
Não julgueis!
Mais pesado será o julgamento dos Céus para aqueles que, conhecendo, tornam-se avarentos da Verdade, ou que, sendo fortes, tripudiam sobre os caídos.
Examinai-vos e, antes de acusardes, curvai reverente a vossa fronte e repeti as palavras de Francisco de Assis:
"Senhor, fazei que eu possa compreender, mais do que ser compreendido; amar, que ser amado" . . .
E sede, onde estiverdes, em nome do Senhor, um instrumento de Sua Alegria e de Sua Paz!

Antonio de Aquino (1994)
Do livro: Evangelho e Vida

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